05/09/2014
As infecções de dispositivos móveis por malware, usados pelos hackers para obter acesso a dispositivos, aumentaram 17% durante os primeiros seis meses de 2014. A taxa de crescimento é quase o dobro do número total verificado em 2013. Nos ambientes residenciais, as infecções em redes fixas saltaram para 18% no final de junho, sendo que, em dezembro de 2013, era de 9%.
Nos primeiros seis meses de 2014, os dispositivos Android representaram 60% do total das infecções da rede móvel. Cerca de 40% do malware móveis se originaram de laptops Windows conectados a um telefone ou conectados diretamente por meio de uma unidade móvel USB ou hub MIFI. As contaminações em dispositivos iPhone e BlackBerry representaram menos de 1%.
O aumento das taxas de infecção residencial em 2014 é atribuído, sobretudo, ao adware de nível moderado de ameaça. Ele representa um aborrecimento para os proprietários de dispositivos devido à entrada de anúncios indesejados ou a à queda de desempenho do dispositivo.
No entanto, as ameaças de malware de alto nível que podem ocasionar danos sérios por roubar informações pessoais, senhas e informações de cartão de crédito também aumentaram. Entre os clientes residenciais de banda larga, 7% foram infectados com ameaças de alto nível, enquanto o índice era de 5% no final de 2013.
Essa realidade comprova que cresce o risco de os proprietários de serem espionados, ter informações pessoais roubadas ou experimentar um “choque de conta” como resultado do uso de dados pirateados. Os números fazem parte de um relatório divulgado pela Kindsight Security Labs da Alcatel-Lucent. A taxa de infecção de dispositivos móveis foi 0,65% durante o primeiro semestre de 2014, em comparação com 0,55% no final de 2013.
Com base nisso, a Kindsight Security Labs estima que 15 milhões de dispositivos móveis estão infectados com malware, partindo de 11,3 milhões no final de 2013. "Os smartphones Android são o alvo mais fácil de malware, mas os laptops Windows continuam a ser os favoritos dos cibercriminosos profissionais de núcleo duro," afirma Kevin McNamee, arquiteto de segurança e diretor da Kindsight Security Labs da Alcatel-Lucent.
O especialista alerta que a qualidade e a sofisticação da maioria dos malware de Android ainda estão atrás daquelas das variedades mais maduras de Windows PC. Ele explica que o malware de Android não faz nenhum esforço para se esconder e conta com pessoas desavisadas para instalar um aplicativo infectado.
As infecções de rede móvel de um modo geral assumiram a forma de aplicações tipo ”cavalo de tróia”. São programas com boa aparência externa, mas contêm malware oculto que, quando baixado pelos proprietários de Android, de lojas de aplicativos de terceiros, da loja Google Play ™ ou, ainda, através de esquemas de phishing, podem roubar informações pessoais do telefone ou enviar mensagens SMS e navegar na web.
O relatório do Kindsight Security Labs também abrange as 20 principais ameaças de malware domésticas e da Internet nos primeiros seis meses de 2014. Além de uma análise das evoluções de malware, incluindo o ZeroAccess, o iBryte, o Carberp, o Uapush, o Coogos, o NotCompatible, o SMS Tracker e outros.
As ameaças de malware de alto nível representam 85% das ameaças encontradas na lista Top 20 Android List, em que quatro instâncias são spyware móvel, usado por um invasor para controlar remotamente e monitorar a localização, as comunicações e o histórico de navegação do proprietário do dispositivo. Cinco das sete novas entradas de malware na lista dos 20 Top Residencial são “adware”, que podem redirecionar o navegador da vítima para sites indesejáveis e criar anúncios pop-up indesejados
Confira a íntegra do documento em - Relatório sobre “Malware” do Kindsight Security Labs – 1H de 2014
Fonte: Convergência Digital
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