30/09/2014
Sem a Oi no leilão da faixa de 700 MHz, o governo vai ficar com bem menos do que esperava e ainda terá que completar a fatia que faltou para a compensação às emissoras de televisão que precisam desocupar a frequência. Na soma dos lotes adquiridos por Claro, TIM, Vivo e Algar, serão R$ $ 5.851.776.925,70. Mas o Tesouro só verá efetivamente R$ 4.961.706.463,70.
A Claro foi a primeira a garantir seu naco de espectro, ao levar o primeiro lote por R$ 1.947.244.417,70, nem R$ 20 milhões acima do preço mínimo definido pela Anatel. No lote seguinte, a TIM fez o mesmo, oferecendo R$ 1,947 bilhão também. Estava aberto o caminho para a Vivo levar o terceiro lote pelo mínimo estipulado em R$ 1.927.964.770. A Algar ficou com espectro em sua área de operação por R$ 29.567.738.
Além de praticamente inexistir ágio – os R$ 5,8 bilhões em si já representavam apenas 0,6% acima da soma dos mínimos – as operadoras não demonstraram nenhum apetite para ficarem com as “sobras”, principalmente os pedaços de espectro que a Oi deixou de comprar. Segundo as teles, o preço era alto demais para essa eventualidade.
Além das outorgas, as operadoras devem arcar com a ‘limpeza’ da faixa, ou seja, financiar os novos equipamentos para as emissoras de televisão que serão deslocadas para outros ‘endereços’ no espectro. Também serão distribuídos receptores digitais aos 14 milhões de inscritos no Bolsa Família, além de filtros para mitigação de interferências. Tudo isso custará, no mínimo, R$ 3,6 bilhões.
A ideia era repartir esse montante nos seis lotes originais. Sem a Oi e a Sercomtel, no entanto, faltaram R$ 890 milhões. Como prevê o edital, as vencedoras – Claro, TIM, Vivo e Algar – vão completar o valor, mas poderão descontar esse extra do que prometeram pagar pelas frequências. Quer dizer que as três maiores pagarão cerca de R$ 300 milhões a menos cada – ou algo perto de R$ 1,6 bilhão pelas bandas de cobertura nacional.
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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