08/10/2014
Preço médio do minuto do celular no Brasil é o quarto menor entre 18 países, dizem teles
Estudo do SindiTelebrasil aponta um valor de US$ 0,07, enquanto a média cobrada nos outros países chega a US$ 0,15
O preço médio do minuto da telefonia móvel pré-paga no Brasil é de US$ 0,07, sendo o quarto mais baixo entre o cobrado em 18 países, acima apenas dos valores cobrados na China, Índia e Rússia. É o que aponta o estudo Desempenho Comparado de Preços do Celular, divulgado nesta quarta-feira (8) pela Telebrasil. O valor foi calculado com base em uma cesta composta de 100 minutos, 90% minutos de ligações entre celulares da mesma operadora, 5% para celulares de outras empresas e 5% para fixos, critérios adequados ao perfil de consumo dos brasileiros. Essa cesta custa R$ 6,9 ou R$ 15, considerando a incidência de tributos.
O estudo contrasta com os valores calculados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) que, no ano passado, indicava em US$ 0,74 o minuto do pré-pago, entre o mais caros entre 161 países. “Esses preços foram obtidos com base no que é previstos nos planos homologados pela Anatel, que não representam a realidade do que se pratica”, afirmou o diretor executivo da entidade, Eduardo Levy. Ele disse que o levantamento serve para desmistificar a impressão de que usar o celular no país é muito caro. “Se fosse assim, o país não teria 276 milhões de linhas ativadas”, ressaltou.
No estudo, elaborado em parceria com a consultoria Teleco, considerando a cesta calculada pela UIT adaptada à realidade do que é cobrado, o minuto cai para US$ 0,24. Já a cesta média calculada para os 18 países estudados aponta para um preço médio do minuto de US$ 0,15. Nesse caso, a cesta foi calculada levando em conta os mesmos 100 minutos, sendo 70% gastos em ligações entre celulares da mesma empresa, 15% em chamadas para outras operadoras e 15% para fixos.
O levantamento divulgado pela Telebrasil sai na frente do relatório da UIT, que deve ser apresentado no final deste mês. Levy informou que a Anatel e as empresas estão trabalhando para alterar a mudança da metodologia usada pela entidade, mas admite que ainda não tiveram sucesso. “A UIT divulga dados de 161 países e todas as decisões precisam ser aprovadas por consenso, o que torna a tarefa muito mais difícil”, reconhece.
Os países analisados foram Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México, na América Latina. Rússia, Índia e China, entre os países do BRIC. Austrália, Coréia do Sul e Japão, na Ásia. Estados Unidos e os países europeus Espanha, França, Itália, Portugal e Reino Unido. Os valores da cesta foram calculados levando em conta o que as operadoras desses países cobram nos planos divulgados em seus sites.
O levantamento aponta também a carga tributária cobrada sobre telefonia nesses países, conforme explicou Eduardo Tude, da Teleco. O Brasil é o primeiro, com 43%. Na China, essa incidência de impostos é de 3%.
Fonte: Lúcia Berbert - TeleSíntese
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