25/09 /2013
O vice - presidente de assuntos regulatórios da TIM Brasil, Mario Girasole, descartou qualquer possibilidade de os negócios da operadora - que trava uma disputa com a Vivo pela liderança do ranking nacional de acessos - perder mercado por conta do momento de negociação entre Telecom Italia e Telefónica, matrizes da TIM e da Vivo.
"Uma empresa não é uma linguiça para ser fatiada. Há processos, há pessoas envolvidas", afirmou. Sobre impacto na TIM, Girasole foi taxativo. "Não enxergo nenhum prejuízo. As matrizes discutem. Está distante. Ess a relação é da Telefonica com alguns acionistas da Telecom Italia ( no caso a Telco, que detém 22% da Telecom Italia). Tudo segue como está determinado pelo plano de negócio. Nada mudou para nós". O executivo participou hoje (25/09) do VI Seminário Te lComp , realizado em São Paulo.
O tema compra da TIM Brasil pela Vivo, em função do aumento de capital da Telefónica na Telecom Italia, dominou as atenções entre os participantes do evento. Do ponto de vista da Anatel, revela o conselheiro Marcelo Bechara, a tra nsação terá de passar por novo crivo, caso o grupo Telefónica passe a ter direito de voto na Telecom Italia, mas pelos fatos relevantes publicados pelas empresas, não há, numa primeira análise, nada que revogue a anuência prévia concedida pela Anatel e pel o CADE, em 2007, quando a Telefónica entrou no controle da Telco, uma das acionistas da Telecom Italia.
"O aumento de participação da Telefónica, sem direito a voto, segue a condicionante determinada pela Anatel e pelo Cade. Vale lembrar que a Anatel promo ve a competição, mas quem garante é o CADE. Não vemos, de fato, agora, problemas. Vivo e TIM travam uma disputa acirrada por acessos", disse Bechara.
Indagado sobre a própria possibilidade de a Telefónica aumentar sua participação em janeiro de 2014, Bec hara diz que é preciso aguardar a formalização dos dados. Mas ao ser questionado do impacto dessa negociação, num comentário pessoal, disse "que a junção da operadora número 1 do mercado com a número 2 não parece ser o melhor para a competição".
Por sua ve z, o presidente da Anatel, João Rezende, tentou ser bastante cauteloso com o tema. "É uma operação delicada. Num primeiro momento não há nada pelos fatos relevantes que fira a anuência prévia concedida em 2007. Mas vamos e sperar receber as informações ( as empresas têm 30 dias para mandar à Anatel) para submeter a uma nova análise. E o CADE fará o mesmo", completou.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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