21/11/2013
O Estudo Mobile Economy Latin America 2013, realizado pela GSMA, revela que apenas metade da população da América Latina possui um telefone móvel, enquanto em mercados mais desenvolvidos essa proporção é de quatro entre cinco pessoas. O levantamento destaca ainda que, em 2012, a indústria móvel gerou mais de 3,7% do PIB da América Latina, contribuindo com US$ 211 bilhões para a economia da região. Em 2020, espera-se que o setor responda por 4,5% do PIB.
Em entrevista ao portal Convergência Digital, o diretor da GSMA no Brasil, Amadeu de Castro, destaca que a região - que já representa 10% da receita total da telefonia móvel mundial - vive um novo ciclo na oferta de serviços móveis. Segundo ele, as teles sabem que vão lidar com margens mais apertadas, e ao mesmo tempo, precisam investir em novas redes para ampliar o próprio faturamento.
"Temos problemas na região com as operadoras estatais móveis. Elas estão crescendo na Argentina, Equador, Uruguai e Colômbia e não há condições iguais entre as estatais e privadas. Esse não é um problema direto do Brasil, mas afeta todo o ecossistema", salienta Castro. No Brasil, o maior problema, hoje, é a ausência de uma estabilidade regulatória, em especial, uma política única para a instalação das antenas. Sem elas, não há serviço", diz.
Em junho, mostra ainda o estudo da GSMA, havia 632 milhões de conexões e 319 milhões de assinantes únicos na região, o que equivale a taxas de penetração de 104% e 52% respectivamente. Esses índices ultrapassam a média global das taxas de penetração do mercado em desenvolvimento que é de 79% de conexões e 38% de assinantes únicos, segundo a GSMA. Na banda larga, a entidade contabiliza 164 milhões de assinantes, com previsão de crescimento de 30% por ano nos próximos cinco anos. O impulso relevante do mercado não esconde que há grandes desafios às teles latino-americanas. Entre eles, a certeza que as redes 2G - voltadas para a voz -vão continuar na ativa por muitos anos.
"No Brasil, o ritmo de migração é mais acelerado para o 3G e já passou dos 30%. Mas há outros países que esse ritmo não chegou ainda a 15%", pondera. Segundo ainda Castro, a migração mais rápida para o 3G acontecerá por meio de políticas públicas de inclusão digital. O 4G também crescerá - e poderá ter uma adesão até mais rápida que o 3G - mas dependerá ainda da padronização da faixa de 700 MHz. "A oferta de terminais está muito atrasada. E sem escala, não há redução de preços para o consumidor", ressalta o executivo da GSMA.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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