04/02/2014
Garantida a faixa de 700 MHz, as operadoras móveis alinham-se para retomar a demanda pela flexibilização do uso de fatias já disponíveis de radiofrequência, com vistas ao reuso de faixas já destinadas. Em especial, miram a liberação da faixa de 1,8 GHz para serviços de 4G.
"Todas as operadoras possuem espectro de 1,8 GHz que pode ser utilizado para 4G", defende o diretor de assuntos regulatórios da Claro, Cristian Weckert. Como princípio geral, a ideia é permitir que as próprias operadoras adotem as soluções que entendam mais adequadas. "O foco dos editais deve mudar de utilizar a faixa para prestar o serviço", emenda.
O diretor de estratégia da Oi, Carlos Augusto Brandão, faz coro. "A flexibilidade na escolha da estratégia de frequência é uma alavanca relevante para o equilíbrio econômico financeiro das empresas", sustentou. Ambos participaram do 36 o Encontro Telesíntese, promovido nesta terça-feira, 4/2, em Brasília, pela Momento Editorial.
Ao tratar de 4G, Brandão sustenta que existe uma "trava nas obrigações de 2,5 GHz, porque só pudemos usar a própria faixa, com ineficiência econômica, risco de morosidade nos licenciamentos, consequentemente morosidade na implantação dos backhauls". Para ele, "a restrição do uso de 1,8 GHz" não incentiva a implementação de uma rede mais eficiente.
Para Katia Costa, diretora de regulamentação da Telefônica, a Anatel deve permitir "o modelo de multidestinação" para outras faixas de frequência como a agência permitiu para o cumprimento de metas relacionadas à faixa de 450 MHz e a cobertura rural. As empresas já vêm pedindo à Anatel quer permita o uso de 1,8 GHz para as metas de 2,5 GHz.
Além disso, a diretora da Telefônica também defende o replanejamento da faixa de 900 MHz para os serviços 3G, mas de forma distinta do que foi definido no passado. "Hoje a gente utiliza para 2G, mas de forma não agregada, ou seja, em 2,5+2,5 MHz, o que não é a melhor forma. Ideal que seja 5+5 MHz", diz ela.
Fonte: Convergência Digital
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